Já está disponível a segunda edição da pesquisa Medialogue Político 2.0. Clique no botão ao final do post para fazer o download e ter acesso às conclusões do estudo. Trata-se de um levantamento ambicioso que analisou mais de 75 mil informações de 513 deputados federais e 81 senadores a fim de revelar os parlamentares mais influentes no mundo digital.
Este nova edição aborda temas novos. Permite identificar os avanços e retrocessos em relação ao comportamento digital dos parlamentares nos últimos três anos. Além disso, conseguimos estabelecer um link entre a performance nas urnas e influência digital. Há sinais de que quem vai bem na internet também vai bem nas urnas.
Mais fácil ganhar votos que fãs
A pesquisa também explora outros terrenos: mostra a relação entre o número de seguidores e fãs dos deputados federais com o número de votos que recebeu nas últimas eleições. Até agora parece mais fácil ganhar votos do que fãs no Facebook. Juntos, congressistas tem 5 milhões de seguidores no Twitter 4 milhões de fãs no Facebook, uma variação de 162% em relação à pesquisa anterior. Estes assuntos precisam ser aprofundados, mas algumas mudanças no comportamento político são evidentes. Estamos vendo nascer uma geração de políticos que tem sua carreira associada à internet, são mais jovens e estão em todos os partidos. Para quiser saber mais, preparamos uma versão para download. Entre 2010 e 2013, mais parlamentares passaram a usar websites e a cadastrar eleitores. O número de seguidores no Twitter aumentou + 138%e o de fãs no Facebook + 268%. Na outra ponta, a nota média de influência caiu.
Quem responde o e-mail do eleitor
Um das informações que mais despertou atenção na primeira pesquisa foi o baixo número de parlamentares que respondiam e-mails de eleitores. O número dessas vez foi ainda menor. Em 2011, 23% dos emails enviados pela pesquisa foram respondidos, dessa vez a taxa caiu para 20%. Embora a base de seguidores tenha aumentado, o uso do Twitter está caindo: 70% dos que tinham um perfil no microblog o mantinham atualizado em 2011, agora a taxa caiu para 62%. No período, a base de fãs do Facebook expandiu duas vezes mais do que a base do Twitter.
Campanha digital
Mas é importante chamar a atenção para um detalhe: a pesquisa Medialogue Político 2.0 atual foi realizada entre setembro e novembro. De lá para cá vários parlamentares reformularam totalmente seus sites e fizeram grande investimentos para angariar novos fãs e seguidores, provavelmente com o objetivo de melhorar sua plataforma digital para as próximas eleições.
Influência nas redes sociais
A pesquisa Medialogue Político 2.0 atribuiu notas de um a 7. O máximo possível é de 10 pontos. A pontuação é obtidas a partir da combinação de vários fatores que levam em conta o tamanho e a audiência das redes sociais de cada parlamentar, os canais digitais usados por cada um, o tipo de interação com os eleitores e a transparência na divulgação de informações de interesse público. Neste ano as notas média caíram um pouco em relação à pesquisa anterior. Aparentemente os parlamentares deram menos atenção a seus canais digitais, mas as razões ainda não estão claras.
A pesquisa destaca um grupo de 81 parlamentares que obtiveram notas 6 e 7. Estes foram considerados os mais influentes. Entre eles, 54 são deputados federais e 27 senadores. Juntos têm 59% dos seguidores no Twitter e 44% dos fãs no Facebook entre os 594 congressistas. Podemos dizer que são elite digital do Congresso. Na outra ponta, 80 parlamentes, 9% do Congresso receberam a nota mais baixa, um grupo relativamente grande que ainda vive na era do papel.
A distância que separa a média dos parlamentares dos mais influentes é relativamente grande. Entre os mais influentes, 83% mantém seus blogs atualizados, contra 53% da média. Os influentes têm em média quatro vezes mais fãs no Facebook e três vezes mais seguidores no Twitter. Também são mais cuidados com mensagens enviadas por eleitores: mais da metade responde a emails, contra apenas 20% na média dos parlamentares. Além disso são mais transparentes, pois 84% usam seus canais digitais para divulgar informações sobre seu mandato, contra 57% na média.
Quem são e onde estão os influentes
Também fizemos um retrato dos parlamentares mais influentes no mundo digital. Em linhas gerais são os mais jovens, mulheres, ocupam cadeiras no Senado, governistas, estão em seu primeiro mandato e vem de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O estudo das bancadas mostrou o PT de Dilma Rousseff, o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos em posição bastante equilibrada e bem posicionados no ranking de influência. A bancada do PCdoB foi a única a receber nota máxima e a do PTB foi a que teve o pior desempenho em quatro dos seis quesitos pesquisados. Nesse período o senador Aécio Neves, por exemplo, conquistou quase 200 mil novos fãs no Facebook.
Para baixar a segunda edição da pesquisa Medialogue Político 2.0 clique no botão abaixo.