Uma pesquisa da Medialogue sobre como é o uso das mídias digitais por parte dos CEOs das principais empresas no Brasil revela que no mundo da internet os executivos parecem não dar muita atenção para a maneira como a imagem deles está sendo construída. O estudo analisou a exposição dos presidentes das 50 maiores empresas do Brasil nas principais redes sociais, como LinkedIn, YouTube, Orkut, Facebook, Twitter e Flickr, em canais colaborativos como Wikipedia, além do resultado de busca no Google, Google Imagens, a chamada blogosfera e, é claro, o site da companhia que dirigem.
A Medialogue encontrou presidentes de empresa com perfis falsos sendo apresentados como verdadeiros, CEOs com perfis verdadeiros pedindo emprego (por engano), ausência de perfil oficial em redes onde o nome do executivo é tema de muitos debates e, regra geral, um descompasso entre o que executivo distribui nas chamadas “páginas oficiais” que suas assessorias constroem e aquilo que dizem dele, sem qualquer controle de qualidade. Ficar fora das mídias digitais pode ser uma decisão particular desses profissionais para preservar a privacidade, por falta de tempo, ou para não personalizar a empresa. “Levando-se em conta que a imagem de um CEO pode estar ligada ao que se pensa da empresa, a decisão talvez devesse ser revista por ter uma importância estratégica para a companhia”, diz Alexandre Secco, presidente da Medialogue e responsável pela pesquisa.
O levantamento da Medialogue descobriu que:
- Ainda que nenhum deles tenha perfil no Orkut, 34 são citados em grupos de discussão desta rede social
- Apenas 11 CEOs têm verbete próprio na Wikipedia
- Em 30% dos casos, a primeira referência ao nome do CEO obtida em uma busca por seu nome no Google vem de uma fonte não oficial
- Em 30% dos caso, o nome do CEO não aparece na primeira página do Google quando seu nome é pesquisado
- Os nomes de três CEOs não foram encontrado pelo Google
- Por descuido, 6 executivos deixaram a opção “interessado em proposta de emprego” habilitada em seu perfil no Linkedin. São eles: Britaldo Soares, da AES Brasil; André Araújo, Shell Brasil; Roger Laughlin, Makro; Jaime Ardilla, General Motors do Brasil; Bruno Melcher, da LDC-SEV; e Pedro Parente, da Bunge Brasil
- Só um executivo, Jerson Kelman, presidente da Light, possui um site pessoal
- Mesmo sem canais próprios no Youtube, 70% dos CEOs pesquisados apresentam referências em vídeos, alguns referindo-se a gafes cometidas por esses executivos, cobranças e críticas de consumidores
- 92% dos 50 CEOs pesquisados não possuem página no Facebook
- Apenas 20% dos pesquisados têm uma perfil completo no sites das empresas que dirigem
- 80% dos CEOs não têm verbetes com seus nomes na Wikipedia. Entre os 20% que têm quem têm, a maioria está incompleto ou é só um esboço
- Há três páginas de fãs atribuídas a CEOs no Facebook. A de Benjamin Steinbruch é a que recebeu mais votos positivos: minguados 32
- Um perfil não reconhecido como oficial pelo Twitter e atribuído ao presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, tem mais de 3.500 seguidores
Faça o download da íntegra do estudo clicando no botão abaixo e veja as dez lições para usar as mídias sociais a seu favor.