A Pesquisa Social Cities São Paulo – Interior da Medialogue Digital avaliou como 46 prefeituras paulistas utilizam recursos básicos de comunicação digital para ouvir os cidadãos, informá-los e dialogar com eles. O desempenho das cidades foi medido em uma escala de zero a dez. O resultando surpreendeu negativamente os coordenadores do estudo. Mais da metade das prefeituras não atingiu cinco pontos. A nota máxima foi sete, obtida por apenas cinco municípios. “A pesquisa retrata a realidade de algumas das cidades mais ricas do Brasil. Esperávamos resultados melhores”, diz Alexandre Secco, coordenador do levantamento. Baixe a pesquisa completa no botão ao final deste post.
A pesquisa nas cidades paulistas constatou que a maioria delas têm sites e presença nas redes sociais, mas pouquíssimas conseguem estabelecer uma conversa com as pessoas e quase nenhuma aproveita esses recursos em projetos de desenvolvimento. “É como se estivessem na década de 90, quando essas plataformas estavam sendo descobertas. Um atraso de pelo menos dez anos”, diz Secco. A world wide web já existe há mais de 25 anos e as redes sociais estão aí há mais de uma década. Há exemplos em todo mundo de como os governos estão usando esses recursos de comunicação de forma transformadora, com grande impacto na qualidade de vida das pessoas.
O conceito de comunicação digital vai muito além de sites e da presença em redes sociais. Quem vive em cidades “digitalizadas” já pode usar a internet para marcar consultas médicas, encontrar vagas em escolas, pagar e renegociar impostos, reclamar de multas, fiscalizar as contas públicas, navegar gratuitamente pela web, acompanhar a programação cultural e de esportes e solicitar serviços. Esses são apenas alguns exemplos.
As cidades que estão levando esse assunto realmente a sério enxergam a fronteira digital como uma dos principais caminhos para o desenvolvimento e o bem estar de seus moradores. O caso de Nova York é emblemático. Desde 2009, a cidade paga até 350 mil dólares em prêmios anualmente para os melhores aplicativos criados a partir de bases de dados públicas. Da iniciativa já nasceram vários negócios bem sucedidos.
A Pesquisa Social Cities São Paulo – Interior faz parte de uma série de mais de 30 estudos publicados desde 2011 pela Medialogue Digital abordando as relações entre política, governo, sociedade e comunicação digital. Foram analisadas 46 cidades paulistas com mais de 200 mil habitantes ou PIB maior de 4 bilhões de reais segundo o IBGE, excluindo a capital São Paulo. Essa pesquisa foi inspirada no levantamento “Civic Engagement and Local E-Government: Social Networking Comes of Age”, produzido pela Universidade de Illinois em Chicago que, em 2009 e 2011, avaliou os sites de governos locais e como as suas funcionalidades contribuíam para criar relacionamentos com a população em 75 cidades americanas.
OS DESTAQUES DA PESQUISA
1) A nota máximo das cidades foi 7 de um total de 10 – Cinco cidades Cinco cidades se destacaram no ranking final das que melhor se comunicam na internet: Jundiaí, Mauá, Praia Grande, Ribeirão Preto e Santos, todas com nota final sete de um máximo possível de dez. Entre os prefeitos o destaque positivo foi Elvis Leonardo Cezar (PSDB), de Santana de Parnaíba, o único que atingiu a nota final seis. Outros cinco líderes municipais ficaram com nota cinco.
2) As prefeituras do PT e PSD tiveram as melhores avaliações – O melhor desempenho por partido foi obtido por prefeituras administradas pelo PSD e pelo PT com uma nota média de cinco de um máximo de dez pontos. Empatados em segundo ficaram as prefeituras do PSDB, PSB e PV, que somaram nota média 4,5, seguidas pelo PMDB, com média quatro.
3) Seis prefeitos são mais conectados que suas prefeituras – Seis dos 46 prefeitos analisados pela pesquisa tiveram um desempenho melhor do que as prefeituras que comandam. Eles reúnem uma performance melhor em audiência, número de seguidores e presença na web. São eles: Cido Sério (PT), de Araçatuba; Fernando Fernandes Filho (PSDB), de Taboão da Serra; José Bernardo Ortiz Junior (PSDB), de Taubaté; Mamoru Nakashima (PTN), de Itaquaquecetuba; Reinaldo Nogueira Lopes Cruz (PMDB), de Indaiatuba; e Sérgio Ribeiro Silva (PT), de Carapicuíba.
4) Canais das cidades não tem audiência na web – Entre as quatro áreas analisadas na pesquisa, a audiência dos canais sociais e sites das prefeituras foi a que registrou o pior desempenho. A nota A nota média das 46 cidades analisadas foi de dois pontos de um máximo de dez e 15 municípios ficaram abaixo desse patamar.
5) Baixada Santista é a região que concentra prefeituras e prefeitos mais bem avaliados – Tanto prefeituras como prefeitos da Baixada Santista foram os destaques na pesquisa. A nota média final das prefeituras do litoral paulista foi seis, enquanto a dos seus prefeitos chegou a 3,5. A segunda região com melhor resultado foi Campinas, cujas prefeituras atingiram nota cinco.
Para mais informações fale com Arthur Lopez da Medialogue no (11) 97549-5517 ou pelo e-mail artlopez@medialogue.com.br.
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