A Medialogue fez um levantamento para identificar qual foi a reação dos internautas à polêmica sobre a indicação do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Suas declarações consideradas homofóbicas e racistas geraram reações de repúdio e apoio em todo o Brasil. No outro lado dessa polêmica está o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), defensor da causa homossexual que foi um dos que reagiu à indicação de Feliciano à CDHM e foi hostilizado pelos defensores do pastor.

A Medialogue Digital levantou as principais referências no Facebook e nos blogs sobre esse episódio entre os dias 29 de março e 3 de abril, classificou e analisou os resultados para saber até que ponto esse debate prejudicou a reputação digital desses parlamentares. Foram identificados e analisados 134 páginas de fans no Facebook relacionadas diretamente aos deputados, 1.315 posts no Facebook sobre a polêmica e 150 posts em blogs. A Medialogue usou a ferramenta de monitoramento Seekr.

Os dois deputados receberam mais críticas que elogios nas publicações do Facebook e em blogs. Marcos Feliciano concentrou a atenção dos internautas com 97% das menções no Facebook aos dois deputados e 77% das referências em blogs a eles.

Feliciano contou com o apoio de uma ampla rede de páginas de fans no Facebook: mais de 100 foram criadas sobre ele e 70% delas em apoio ao pastor. Mesmo assim, nas publicações dos usuários (mural), dois em cada três publicações foram de críticas a Feliciano e suas opiniões sobre questões de raça e homossexualismo.

A base de apoio a Feliciano não foi uniforme. Mesmo em blogs declaradamente evangélicos (30% das publicações identificadas no período), o pastor foi criticado por 12% dos autores.

A declaração de Feliciano sobre Satanás ter comandado a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados foi o assunto mias comentado no Facebook e mais de 80% com críticas ao pastor.

Jean Wyllys teve poucas citações no período se comparado a Feliciano, mas suas menções foram com críticas em 97% das publicações no Facebook e em 66% dos blogs. A crítica mais comum que recebeu é que sua atuação é de perseguição a cristãos.

Faça o download da pesquisa Medialogue. A Medialogue usou a ferramenta Seekr Monitor.