Antes, para procurar um telefone, haviam listas telefônicas. Enciclopédias para realizar a pesquisa escolar, mapas para descobrir uma localização. Hoje, basta “dar um Google”. Segundo uma pesquisa realizada recentemente pela CareerBuilder, mais de 20% dos empregadores e selecionadores usam ferramentas de busca e redes sociais como Orkut para investigar candidatos a postos de trabalho. É o dobro do número de entrevistados que afirmaram fazer esse tipo de pesquisa dois anos atrás. Um terço dos que fizeram pesquisas afirmaram ter encontrado informações que tiraram o candidato da disputa.
A ideia de que o uso da internet no Brasil é restrito merece algumas ressalvas. De fato, o uso da rede ainda é relativamente baixo entre as classes de renda inferiores, porém o uso da web já está universalizado entre classes de renda mais altas e entre os que têm formação superior. O número de usuários, em termos absolutos, também é expressivo: são quase 30 milhões (igual a população inteira da Itália), além de 65 milhões de pessoas com acesso. O Brasil também se destaca no perfil de uso da rede. Os internautas brasileiros passam mais tempo navegando do que em qualquer outro país. Além do mais, os problemas que afligem pessoas e empresas em países onde o uso da rede está mais disseminado já também foram observados no Brasil.